#Resenha - O Peso do Pássaro Morto - Aline Bei

TÍTULO ORIGINAL: O Peso do Pássaro Morto
AUTORA: Aline Bei
EDITORA: Nós
ANO DE LANÇAMENTO: 2017
NÚMERO DE PÁGINAS: 168

SINOPSELivro vencedor do "Prêmio São Paulo de Literatura 2018" na categoria "Melhor Romance de Autor Estreante com Menos de 40 anos". A vida de uma mulher, dos 8 aos 52, desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem, uma geração após a outra. Um livro denso e leve, violento e poético. É assim "O peso do pássaro morto", romance de estreia de Aline Bei, onde acompanhamos uma mulher que, com todas as forças, tenta não coincidir apenas com a dor de que é feita.



Comecei a ler esse livro na Biblioteca do Parque Villa Lobos por volta de um mês atrás mas tive que deixar o exemplar lá pois havia um aviso que ele era somente para leitura dentro da biblioteca. Mas hoje voltei lá e vi que tinha mais um exemplar que poderia ser retirado e voltei para casa, toda contente, com o livro nas mãos... e o devorei em 3 horas...

Ele já começa surpreendendo por sua forma: é escrito em versos. Além do modo como é escrito, a poesia se mostra nas figuras de linguagem usada pela autora.

A história, narrada em primeira pessoa, começa retratando infância de uma protagonista sem nome, e vemos que ela já não foi fácil. Seu primeiro contato com a morte, quando sente um dor sufocante, tentando entender o que de fato acontece quando morremos. Percebemos que, ao longo da narrativa, a inocência da protagonista não desaparece, mas vemos que ela está em constante estado de descobrimento e amadurecimento.

#Resenha - Pax - Sara Pennypacker

TÍTULO ORIGINAL: Pax
AUTORA: Sara Pennypacker
EDITORA: Intrínseca
ANO DE LANÇAMENTO: 2016
NÚMERO DE PÁGINAS: 288

SINOPSEPeter e sua raposa são inseparáveis desde que ele a resgatou, órfã, ainda filhote. Um dia, o inimaginável acontece: o pai do menino vai servir na guerrcom que a, e o obriga a devolver Pax à natureza. Ao chegar à distante casa do avô, onde passará a morar, Peter reconhece que não está onde deveria: seu verdadeiro lugar é ao lado de Pax. Movido por amor, lealdade e culpa, ele parte em uma jornada solitária de quase quinhentos quilômetros para reencontrar sua raposa, apesar da guerra que se aproxima. Enquanto isso, mesmo sem desistir de esperar por seu menino, Pax embarca em suas próprias aventuras e descobertas.




Chega de lamentações e vamos de resenha, né? Afinal, esse blog é sobre leituras e não sobre o quanto sofro nessa vida...

Ganhei esse livro da minha amiga vizinha leitora Margaret e foi uma surpresa super agradável. Eu não pretendia ler esse livro mas, se ele chegou às minhas mãos, então eu tinha que ler, e não me decepcionou em nada.





Desde que perdera a mãe, Peter encontrou em Pax a companhia que necessitava. Ambos possuíam uma relação pura de amor e cumplicidade que foi quebrada pela separação forçada pelo pai de Peter, que o fez abandonar a raposa à própria sorte na floresta. O menino não teve escolha pois o pai iria para a guerra e ele ficaria na casa do avô em uma cidade distante.

Muro das lamentações

E aí que volto ao meu refúgio que no fim das contas está se tornando um muro das lamentações...

Hoje foi mais um dia que não começou bem, me chateei logo no início dele. Daí você acha que, de alguma forma, ele vai melhorar um pouco, e até vem aquele começo de alegria, com uma mensagem de bom dia de uma pessoa que ama. Então vou lá, respondo o "bom dia" e pergunto à pessoa "como foi seu domingo?", afinal não havia conversado com ela no dia anterior. Depois de um tempo que encaminhei as mensagens, volto no aplicativo e vejo que a pessoa visualizou e não me respondeu... 

Só que não foi só dessa vez. Isso vem se tornando uma constante. Fico parecendo uma retardada escrevendo, tentando puxar assunto, faço pedidos, peço opiniões, e sou ignorada muitas vezes. E isso me deixa extremamente triste.

Há algum tempo, parecia que a pessoa se preocupava mais se eu iria ficar magoada, e eu percebia que tentava, de alguma maneira, compensar as coisas depois. Mas agora parece que tanto faz... e eu acabo chegando a essas conclusões pois a pessoa não fala o que sente, o que só faz com que eu pense o pior. E fico me perguntando o que há por trás dessas atitudes, porque não pode ser simplesmente o jeito da pessoa. Será medo? Falta de uma perspectiva? Falta de propósito? A situação está pesada demais? Não está fácil?

Pode parecer bobagem o que eu sinto mas, vindo de quem vem, me deixa muito chateada. Não tem nada pior do que ser desprezada por alguém que ama. Será que está valendo a pena o esforço feito? Porque, do jeito que as coisas andam, venho me sentindo usada. Quando sou eu que vacilo, logo recebo um sermão daqueles, só que acho que a pessoa não está se dando conta da quantidade enorme de vacilos dela que já vem se acumulando de tempos... que para ela podem ser bobagens mas para mim não, mas eu acabo não comentando nada pois não quero brigar.

Bem, esse texto pode parecer todo codificado e confuso mas, como ninguém vai ler mesmo, ele foi escrito somente para eu entender, pois precisava colocar para fora o que eu estava sentindo.

#Resenha - O Colecionador - John Fowles

TÍTULO ORIGINAL: The Collector
AUTOR: John Fowles
GÊNERO: Thriller psicológico
EDITORA: Darkside
ANO DE LANÇAMENTO: 2018
NÚMERO DE PÁGINAS: 352

SINOPSE“O Colecionador” é o primeiro livro de John Fowles, escrito em 1963. O romance narra a história de Frederick Clegg, um funcionário público que coleciona borboletas e, subitamente, se torna dono de uma fortuna. Ele então passa a ter uma ambição: sequestrar a bela Miranda, seu amor platônico. A trama se desenvolve com a disformidade da personalidade de Clegg, que tem a seu favor apenas a superioridade de força, contra a vitalidade e inteligência de Miranda que, contando com sua superioridade de caráter, confunde e ofusca o medíocre sequestrador.



Livro de estréia do autor, publicado pela primeira vez em 1963, cujo filme foi lançado em 1965, O Colecionador é uma história angustiante que contem somente dois personagens principais, Frederick Clegg e Miranda, vilão e mocinha, ele um funcionário da Prefeitura, psicopata, que busca conquistar à força sua amada. Ela, uma menina esnobe que de repente se vê em um cativeiro onde sua superioridade não leva à nada.

A narrativa é excessivamente detalhista, o que nos leva a mergulhar profundamente no psicológico de cada personagem. É dividido em dois grandes capítulos e mais dois menores de desfecho, sendo que o primeiro conta a história narrada por Clegg e o segundo, por Miranda. O autor se aprofunda nos defeitos, loucuras, crueldades e inocência de cada um e a sensação que temos é que nenhum dos dois é confiável.

Podemos verificar que a obsessão de Clegg evolui do endeusamento a um ódio mortal por Miranda, sendo que os trechos narrado por ele, para mim, foram os mais intrigantes e interessantes. É impossível parar de ler até sabermos até onde vai a sua psicopatia.

#Quando dá vontade de escrever - Mais desabafo... (editado)




O blog, além de servir para postar resenhas sobre minhas leituras, de certa forma serve para eu desabafar, como uma terapia. Acho que também o baixo número de visitas me dá a falsa segurança de que minhas palavras estão preservadas aqui...

E hoje é um daqueles dias em que eu preciso escrever. Nesse último final de semana fiquei muito chateada com uma pessoa. Apesar de saber como ela reage a certas situações, não consigo deixar de me entristecer. Eu não gosto de ser ignorada. Aliás, quem gosta?

Fiquei insatisfeita com uma situação e acho que demonstrar isso ao outro quer dizer que eu quero tentar resolver o mal estar e espero que o outro lado mostre a sua posição em relação ao que aconteceu.

No meu entender, o que houve foi falha de ambos. Pedi desculpas pelo meu erro mas não tive um pedido de desculpas do outro lado. O que tive, ao demonstrar minha insatisfação, foi só silêncio, e isso acaba comigo.

Não se trata de cobrar nada do outro mas penso que ficar em um clima de merda quando uma simples mensagem de "desculpe-me" poderia apaziguar a situação, não vale a pena, ainda mais quando se trata de duas pessoas que se gostam. Bom, pelo menos eu gosto, e muito, e acredito que seja recíproco, pois é sempre isso que me é dito.

Daí, ter que ficar insistindo em uma conversa para tentar resolver o climão é um saco... fica parecendo que o outro não está nem aí para o que aconteceu. E, em se tratando dessa pessoa em específico, isso me deixa extremamente chateada.

Sei que não podemos mudar o outro e sim, se amamos, temos que aceitá-lo da maneira como é. Mas, do jeito que as coisas acontecem, parece que eu estou errada em insistir numa "DR"...

Bem, acho que já consegui desabafar um pouco, seria até bom se a pessoa lesse o que escrevi mas parece que ela não me visita mais aqui (isso também mudou, antes ela lia meus posts sempre... deve ter enchido o saco).

Espero resolver a situação. Beijos pra vocês.

Parece que resolvemos o mal entendido. Quando existe amor, certas coisas se tornam pequenas demais para estragar uma relação. Não vale a pena guardar mágoa. A vida é bela e devemos procurar sempre a felicidade e nunca a tristeza.

#Resenha - A Casa dos Espíritos - Isabel Allende

TÍTULO ORIGINAL: La Casa de Los Espiritus
AUTORA: Isabel Allende
GÊNERO: Romance histórico
EDITORA: Bertrand Brasil
ANO DE LANÇAMENTO: 2017, mas a primeira foi lançada em 1982
NÚMERO DE PÁGINAS: 448

SINOPSEA casa dos espíritos é tanto uma emblemática saga familiar quanto um relato acerca de um período turbulento na história de um país latino-americano indefinido. Isabel Allende constrói um mundo conduzido pelos espíritos e o enche de habitantes expressivos e muito humanos, incluindo Esteban, o patriarca, um homem volátil e orgulhoso, cujo desejo por terra é lendário e que vive assombrado pela paixão tirânica que sente pela esposa que nunca pode ter por completo; Clara, a matriarca, evasiva e misteriosa, que prevê a tragédia familiar e molda o destino da casa e dos Trueba; Blanca, sua filha, de fala suave, mas rebelde, cujo amor chocante pelo filho do capataz de seu pai alimenta o eterno desprezo de Esteban, mesmo quando resulta na neta que ele tanto adora; e Alba, o fruto do amor proibido de Blanca, uma mulher ardente, obstinada e dotada de luminosa beleza. As paixões, lutas e segredos da família Trueba abrangem três gerações e um século de transformações violentas, que culminaram em uma crise que levam o patriarca e sua amada neta para lados opostos das barricadas. Em um pano de fundo de revolução e contrarrevolução, Isabel Allende traz à vida uma família cujos laços privados de amor e ódio são mais complexos e duradouros do que as lealdades políticas que os colocam uns contra os outros.




Os únicos livros da autora que li foram O Amante Japonês e O Jogo de Ripper, e amei os dois. A Casa dos Espíritos é tão majestoso quanto eles. Um romance histórico que se passa em um país não identificado da América Latina mas que se correlaciona com a história do Chile no século XX.

O romance gira em torno dos Trueba, que tem como patriarca Esteban, homem autoritário e de personalidade difícil, que despreza a igualdade social e odeia os socialistas. Mas as personagens principais são mulheres, Clara, sua esposa, Blanca sua filha e Alba, sua neta, que possuem, em medidas diferentes, dons clarividentes.

No início da trama acompanhamos os "Del Valle", a primeira geração, e conhecemos a infância de Clara, que conversava com espíritos, movia objetos sem tocá-los e tinha o dom de prever o futuro. Com o passar dos anos, ela se casa com Estaban Trueba, que era noivo de Rosa, sua irmã, que morre por envenenamento antes de se casarem. A segunda geração da família conta com Blanca e os gêmeos Jaime e Nicolás, e essa parte é focada em Blanca, que possui um relacionamento proibido como o filho do administrador das terras de Esteban, Pedro Terceiro Garcia. Com o passar dos anos, Blanca engravida e nasce Alba, fruto desse amor. Alba se torna uma mulher forte, desafiando líderes e autoridades de seu país, em plena ditadura militar e lógico que acaba se envolvendo em uma confusão política, desafiando seu próprio avô em certas ocasiões.

#Resenha - Kardec - A Biografia - Marcel Souto Maior

TÍTULO ORIGINAL: Kardec, a Biografia
AUTOR: Marcel Souto Maior
EDITORA: Record
ANO DE LANÇAMENTO: 2013
NÚMERO DE PÁGINAS: versão ePub - 3823 posições

SINOPSE: Nessa biografia, Marcel Souto Maior investiga a vida do codificador da dourina espírita, Allan Kardec. O que transformou o cético em referência fundamental de uma religião? O que o convenceu a acreditar que os mortos estavam vivos e se comunicavam através de médiuns? O que o fez enfrentar adversários ferrenhos da Igreja e da imprensa para levar ao maior número de leitores  sua fé na sobrevivência do espírito? Foi em busca de respostas para estas perguntas que o autor, biógrafo de Chico Xavier, saiu a campo. O resultado de sua pesquisa é um retrato surpreendente do homem que virou símbolo de uma doutrina para milhões de seguidores e ajudou a transformar o Brasil no maior país espírita do mundo.




Como um professor cético se transformou no principal nome de uma nova doutrina religiosa?

Já havia muito tempo eu queria ler a biografia de Kardec mas foi o filme lançado esse ano de 2019 que realmente me impulsionou a iniciá-lo de uma vez por todas. Achei que o filme foi superficial e algumas coisas ficaram sem resposta para mim e por isso tratei logo de começar a leitura. Não foi rápida pois fui intercalando com outros livros, afinal esse é um que não dá para ler direto, somente ele, pois, pelo menos para mim, se tornou um pouco cansativo.

Aos 50 anos, Hyppolite Léon Denizard Rivail, presencia o fenômeno das "mesas girantes", seu primeiro contato com as "coisas do outro mundo". Logo que toma conhecimento, ele conclui que tais fenômenos não passavam de fraudes, o que foi provado inúmeras vezes. Porém, ao presenciar um desses em um local reservado, na casa de uma pessoa idônea, a Sra. Plainemaison, a qual não tinha nenhum ganho com isso, não teve mais dúvida de que se tratava de algo real, que precisava ser investigado.

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