#Resenha - Kindred, Laços de Sangue - Octavia E. Butler

TÍTULO ORIGINAL: Kindred
AUTORA: Octavia E. Butler
GÊNERO: Ficção científica
EDITORA: Morro Branco
ANO DE LANÇAMENTO: 1979, mas a edição lida é de 2017
NÚMERO DE PÁGINAS: 432

SINOPSEEm seu vigésimo sexto aniversário, Dana e seu marido estão de mudança para um novo apartamento. Em meio a pilhas de livros e caixas abertas, ela começa a se sentir tonta e cai de joelhos, nauseada. Então, o mundo se despedaça.
Dana repentinamente se encontra à beira de uma floresta, próxima a um rio. Uma criança está se afogando e ela corre para salvá-la. Mas, assim que arrasta o menino para fora da água, vê-se diante do cano de uma antiga espingarda. Em um piscar de olhos, ela está de volta a seu novo apartamento, completamente encharcada. É a experiência mais aterrorizante de sua vida... até acontecer de novo. E de novo.
Quanto mais tempo passa no século XIX, numa Maryland pré-Guerra Civil – um lugar perigoso para uma mulher negra –, mais consciente Dana fica de que sua vida pode acabar antes mesmo de ter começado.



Olá pessoal! Nesse livro temos a história de Dana que acabou de se mudar para uma nova casa com seu marido, Kevin. Eles ainda estavam desempacotando as coisas quando Dana começa a sentir uma tontura, visão embaçada, náuseas e, de repente, ela é transportada a outro local. Está em uma floresta, ajoelhada ao lado de um rio, de onde vê uma criança se afogando. Dana salva o garoto, apesar dos protestos de sua mãe e quando percebe, avista um homem apontando uma espingarda para ela e se sente mal de novo. Quando percebe, está em sua casa outra vez.

Pouco tempo depois, Dana viaja novamente e percebe que está no passado, no início do século XIX, em uma fazenda, e reconhece o garoto que tinha salvado antes, Rufus, filho de fazendeiro dono de escravos. Dana não entende como ela faz essas viagens pelo tempo e espaço mas, sempre que Rufus está em situação de perigo, ela é transportada para interferir. Mas porque ela? O que ela tem de especial e qual sua ligação com Rufus? Ele também não entende como Dana chega para salvá-lo, mas começa a simpatizar com ela.

Dana é transportada para uma época em que negros eram escravizados, caçados e castigados e aí que vem o "tchan" da história: Dana é negra. Como uma mulher negra do século XX (ela vivia em 1976) seria recebida por essa sociedade escravagista? Ela é escritora e "falava como branco" então, foi vista como perigosa e que só causava problemas.




Entre suas várias idas e vindas, Rufus se torna adulto e um homem do seu tempo: controlador e abusivo, e acredita que Dana é sua propriedade. Ela se sente muitas vezes frustrada por ter que salvar Rufus das situações de perigo o que, na minha opinião, é uma forma de escravidão pois Dana não controla suas viagens, ficando à mercê de Rufus. Não vou dizer aqui o porquê desse dever, terão que ler o livro... rsrsrs

A escrita da autora é muito fácil de compreender e te leva a uma visão clara dos acontecimento pesados e cruéis daquela época, uma sociedade racista onde as pessoas eram facilmente escravizadas. Foi uma leitura emocionante mas senti raiva em vários momentos. Eu gosto muito de livros que abordam viagem no tempo e esse não me decepcionou. Leitura recomendada!!!

Beijos e até a próxima!!!!

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