#Edgar Allan Poe: Medo Clássico - Conto: O Mistério de Marie Rogêt

O MISTÉRIO DE MARIE ROGÊT - 1842














Olá pessoal! Depois de um tempão com essa leitura paradinha, retomei os contos de Poe e o da vez é O Mistério do Marie Rogêt, segundo dos três contos que tem como investigador o detetive Dupin, precursor de Holmes. Pelo que andei pesquisando por aí, trata-se da primeira narrativa de Poe baseada em um crime real.

O caso se passa dois anos após Os Assassinatos na Rua Morgue, que resenhei mês passado. Pelo fato de Dupin ter-se tornado conhecido pela solução desse caso, é chamado para investigar o desaparecimento de Marie Rogêt, um linda moça que trabalhava em uma loja de perfumes e era bastante conhecida por sua beleza e doçura. O detetive acaba fazendo sua investigação baseando-se somente em publicações e depoimentos que saíram nos jornais.

As conclusões do detetive são geniais mas, pelo fato de o conto inteiro expor as contradições encontradas nas notícias por Dupin, o torna extremamente cansativo. Confesso que teve ocasiões em que pensei em abandonar a leitura. O que me segurou até o fim foi o fato de ter que terminar para escrever a resenha...




A peculiaridade deste conto é que Poe o escreveu a partir de suas próprias investigações a respeito de um crime real, o assassinato de Mary Cecilia Rogers, que aconteceu em 1841 em Nova Iorque. Assim como o detetive, ele se baseou em notícias de jornais, os quais tiveram seus nomes modificados no conto, trazendo-os ao cenário de Paris. O assassinato de Rogers nunca foi solucionado.

Para ser sincera não gostei muito desse conto pelo fato se ser bastante cansativo e também por não ter um desfecho. Entretanto, uma passagem dele me chamou muito a atenção, a qual transcrevo aqui para vocês:

"É notório que falo de coincidências e nada mais. O que disse antes sobre esse assunto há de ser suficiente. Em meu íntimo, não nutro fé alguma no sobrenatural. Que a Natureza e o seu Deus são dois, nenhum ser racional poderá negar. Que o segundo, sendo o criador da primeira, possa controlá-la e modificá-la ao seu bel-prazer também é ponto pacífico. Digo "ao seu bel-prazer" por ser uma questão de vontade, e não - como a insanidade da lógica supõe - de poder. Não que a Divindade não possa modificar suas leis, apenas creio que insultamos quando imaginamos uma possível necessidade de modificação. Em sua origem, tais leis foram forjadas para conter todas as eventualidades que o Futuro pode conter. Com Deus, tudo é agora."

Fica aí para reflexão.

Beijos e até a próxima!!!!

2 comentários

  1. Re, tudo bem?!

    Eu, desde que adquiri este livro (maravilhosamente lindo por sinal) estou lendo 1 conto por vez, mas isso, um a cada mês e olhe lá. Adoro clássicos, adoro Poe! Mas tem alguns que são realmente cansativos mesmo, concordo com você.
    Este aí ainda não li, e depois do seu post vou deixar ele mais pra frente, vou ler outros antes dele. rsrsrs
    O que mais gostei até então foi o conto A queda da casa de Usher... Fantástico!

    Grande beijo!

    www.lendo1bomlivro.com.br
    Instagram :) @lendo1bomlivro

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    1. Pois é Day, eu tinha me comprometido a ler um por semana, mas não estou conseguindo. Fico chateada pois tenho um compromisso no blog que prometi e não estou conseguindo cumprir... mas enfim, antes tarde do que nunca!
      A Queda da Casa de Usher eu também gostei muito!
      bjs

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