#Resenha 25/2020 - Deuses Americanos - Neil Gaiman

TÍTULO ORIGINAL
: American Gods
AUTOR: Neil Gaiman
GÊNERO: Ficção
EDITORA: Intrínseca
ANO DE LANÇAMENTO: 2001
NÚMERO DE PÁGINAS: 576

SINOPSEDeuses americanos é, acima de tudo, um livro estranho. E foi essa estranheza que tornou o romance de Neil Gaiman, publicado pela primeira vez em 2001, um clássico imediato. Nesta nova edição, preferida do autor, o leitor encontrará capítulos revistos e ampliados, artigos, uma entrevista com Gaiman e um inspirado texto de introdução.
A saga de Deuses americanos é contada ao longo da jornada de Shadow Moon, um ex-presidiário de trinta e poucos anos que acabou de ser libertado e cujo único objetivo é voltar para casa e para a esposa, Laura. Os planos de Shadow se transformam em poeira quando ele descobre que Laura morreu em um acidente de carro. Sem lar, sem emprego e sem rumo, ele conhece Wednesday, um homem de olhar enigmático que está sempre com um sorriso no rosto, embora pareça nunca achar graça de nada.
Depois de apostas, brigas e um pouco de hidromel, Shadow aceita trabalhar para Wednesday e embarca em uma viagem tumultuada e reveladora por cidades inusitadas dos Estados Unidos, um país tão estranho para Shadow quanto para Gaiman. É nesses encontros e desencontros que o protagonista se depara com os deuses — os antigos (que chegaram ao Novo Mundo junto dos imigrantes) e os modernos (o dinheiro, a televisão, a tecnologia, as drogas) —, que estão se preparando para uma guerra que ninguém viu, mas que já começou. O motivo? O poder de não ser esquecido.
O que Gaiman constrói em Deuses americanos é um amálgama de múltiplas referências, uma mistura de road trip, fantasia e mistério — um exemplo máximo da versatilidade e da prosa lúdica e ao mesmo tempo cortante de Neil Gaiman, que, ao falar sobre deuses, fala sobre todos nós.



Olá pessoal! Demorei muuuuito para ler esse livro. Além de ser muito longo é muito confuso e, como diz aí na sinopse, estranho. Pelo menos para mim, foi. Será uma resenha difícil de escrever.

O livro conta a história de Shadow Moon, um presidiário que, ao sair da prisão, descobre que sua esposa e seu melhor amigo morreram em um acidente de carro. Completamente sem rumo, ele conhece um senhor chamado Wednesday (como eu detesto essa palavra, acho muito difícil de pronunciar e ter que lê-la inúmeras vezes me fez ficar incomodada), que o chama para um trabalho meio que indefinido. Visto que nada mais o prendia à sua antiga vida, Shadow decide aceitar e então inicia uma jornada pelos Estados Unidos. Nessa estranha viagem, ele descobre que se iniciou uma guerra entre deuses, antigos e modernos, e daí se vê no meio desse conflito, tentando entender o que tudo isso significa (assim como eu).

Ao longo da viagem, eles saem recrutando antigos deuses de diferentes mitologias para lutar contra os novos deuses: Mídia, Garoto Técnico, Os Intocáveis e Mr. World. Todos eles estão na terra porque as pessoas creem neles, o que não acontece mais com os deuses antigos, que foram esquecidos e, por não serem mais cultuados, vivem como pessoas comuns. Trabalham para se sustentar enquanto os deuses modernos dominam o mundo na mídia, no governo, na internet.

No meio da trama principal, são contadas histórias bem antigas, que mostram como os deuses chegaram aos Estados Unidos. Essas partes eu achei mais chatas.




Em resumo, Deuses Americanos é um livro que fala a respeito da alienação humana com relação ao "endeusamento" de alguns aspectos modernos.

"- Você acredita que todos os deuses que as pessoas imaginaram algum dia ainda estão com a gente hoje?
- E que existem deuses novos por aí, deuses de computadores e de telefones, e do que quer que seja, e que eles parecem achar que não há espaço pros dois tipos no mundo? E que tipo de guerra está prestes a estourar?"

"Os paradigmas estavam se transformando. Ele podia sentir aquilo. O mundo antigo, um mundo de infinita vastidão e de recursos ilimitados e de futuro, estava sendo confrontado por algo mais - uma rede de energia, opiniões e abismos."

"As pessoas acreditavam, Shadow pensou. É isso que as pessoas fazem. Acreditam. E depois se responsabilizam por suas crenças; fazem as coisas aparecer e depois não acreditam nas aparições."

"Os antigos deuses são ignorados. Os novos são tão rapidamente elevados quanto descartados, colocados de lado em nome da próxima moda. Ou vocês foram esquecidos, ou estão com medo de se tornar obsoletos... talvez estejam apenas cansados de existir somente na excentricidade das pessoas."

Na verdade, o livro é uma reflexão sobre a conduta do ser humano diante das modernidades, do costume de idolatrar pessoas que veem pela televisão, o modo de vida on-line, o desejo por controle. Que esse poder existe em deuses materializados pela sua própria crença, com a qual o ser humano é capaz de construir qualquer coisa. E, enquanto isso, a vida está sendo ignorada, e as pessoas sustentam as suas fantasias, acreditando que a estão vivendo.

As duas revelações do livro me surpreenderam. Uma acontece um pouco depois da metade da história e a outra, mais para o final.

O que acontece com Shadow é totalmente viajante, algo impossível de acontecer, mas que nos leva a profundas reflexões sobre o nosso poder de escolha.

O livro foi adaptado para uma série na Amazon Prime, a qual eu terei que assinar para assistir, e ver se o meu entendimento está correto.

Enfim, é um livro enorme, longo, e por vezes, arrastado, mas que traz uma boa mensagem. Muitos acham esse livro extraordinário, o que não foi o meu caso, mas talvez somente seja a minha pouca capacidade intelectual.

Beijos e até a próxima!!!!

2 comentários

  1. Não li o livro, mas gosto da série. Nela as trama principal, histórias antigas, da chegada dos deuses nos Estados Unidos, acontece no início de cada episódio e são bem interessantes.

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    1. Assisti 3 episódios da série por enquanto. Estou gostando.

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