#Resenha 03/2020 - A Química que Há Entre Nós - Krystal Sutherland

TÍTULO ORIGINAL: Our Chemical Hearts
AUTORA: Krystal Sutherland
GÊNERO: Young Adult
EDITORA: Globo Alt
ANO DE LANÇAMENTO: 2016
NÚMERO DE PÁGINAS: 272

SINOPSEGrace Town é esquisita. E não é apenas por suas roupas masculinas, seu desleixo e a bengala que usa para andar. Ela também age de modo estranho: não quer se enturmar com ninguém e faz perguntas nada comuns. 
Mas, por algum motivo inexplicável, Henry Page gosta muito dela. E cada vez mais ele quer estar por perto e viver esse sentimento que não sabe definir. Só que quanto mais próximos eles ficam, mais os segredos de Grace parecem obscuros. 
Mesmo que pareça um romance fadado ao fracasso, Henry insiste em mergulhar nesse universo misterioso, do qual nunca poderia sair o mesmo. Com o tempo, fica claro para ele que o amor é uma grande confusão, mas uma confusão que ele quer desesperadamente viver.



Olá pessoal!! Depois do bitelão, decidi ler um YA pra relaxar. Quando comprei esse livro, imaginava que o desenrolar da história seria diferente. Aqui, somos apresentados a Henry e Grace, dois estudantes do ensino médio. Ele se apaixonou à primeira vista por ela, quando entrou na sala de aula. Ela era uma aluna transferida de outra escola e era bem esquisita: mancava, usava bengala, vestia roupas masculinas e sujas e estava sempre descabelada. Porém, isso foi exatamente o que atraiu Henry.

Um dia, os dois foram chamados para trabalharem no jornal da escola como editores, lugar almejado por Henry a anos. Durante os trabalhos, Henry tenta se aproximar de Grace, mas a menina se revela cada dia mais estranha. Algo aconteceu a Grace para que ela fosse assim, e isso intrigava Henry, assim como a atração que não o deixava se afastar dela. Quando estavam juntos, havia química e um conforto que não sentiam com mais ninguém.

Difícil falar algo mais sobre a história sem dar spoiler. A história fala um pouco sobre depressão, perdas irreparáveis, famílias mal estruturadas mas, principalmente, sobre amor. Aquele amor verdadeiro, em que não se espera nada do outro. Amar por amar.






Me identifiquei muito com Henry, que sabe se expressar melhor nas palavras escritas do que nas faladas. Me vi no momento em que ele se declarou a Grace por meio de uma carta mas quando foi questionado por ela, não saia uma palavra (isso que acabei de escrever não pode ser considerado spoiler, pois já é dito na sinopse do livro que ele é apaixonado por ela). Outros personagens que merecem destaque são Lola e Murray, melhores amigos de Henry. Lindos, lindos...

O final do livro é diferente do que eu esperava e me surpreendeu de um modo positivo. Não é um final nada clichê, mas que descreve todo o amor desses dois personagens.

"Histórias com finais felizes são só histórias que não acabaram ainda."

E para finalizar, transcrevo o poema de Pablo Neruda, cujo título é "A Dança" (em negrito, o trecho citado no livro):


A Dança/Soneto XVII

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.


Livros que falam sobre o amor me encantam. E esse não foi diferente.
Beijos e até a próxima!!!!!

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