#Resenha 19/2020 - O Vilarejo - Raphael Montes

TÍTULO ORIGINAL
: O Vilarejo
AUTOR: Raphael Montes
GÊNERO: Terror
EDITORA: Suma de Letras
ANO DE LANÇAMENTO: 2015
NÚMERO DE PÁGINAS: 109

SINOPSEEm 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome.
As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.



Olá pessoal! Gente, QUE LIVRO!!!! Foi meu primeiro contato com Raphael Montes, estava ensaiando ler esse livro há um tempão e com certeza ele não deixou minha quarentena passar em branco... Mais um terror nacional de peso (apesar de o livro ser bem fino, de poucas páginas).

Onde existe a maldade no ser humano? Ela é inata ou precisamos de um incentivo para que demonstremos nosso lado mais sombrio? Ou estamos sujeitos a interferências externas que nos mudam de alguma forma e nos levam a praticar atos detestáveis?

O livro consiste em sete contos, todos interligados, que contam a história, não de uma forma cronológica, de um já inexistente vilarejo. No prefácio, o autor nos conta que foi o tradutor dos contos, originalmente escritos em cimério, por uma senhora chamada Elfrida Pimminstoffer. Recebeu os cadernos dela de um amigo, sócio de um sebo no Rio de Janeiro.

Cada conto nos traz em seu título o nome de um demônio (vou acabar ficando expert nesse assunto) responsável por invocar um diferente pecado capital. Dessa forma, cada conto nos traz a história de algum habitante do vilarejo, em que é despertado um pecado capital.




O autor diz que os contos podem ser lidos em qualquer ordem, sem prejuízo da compreensão, mas acho que o primeiro e o último precisam ser lidos em sua ordem original, pois penso que eles são chave para o entendimento da história. E ela continua ainda no pósfácio, onde Raphael conta o desfecho relativo à sua tradução e nos mostra o "elemento surpresa", que fecha o livro de forma maravilhosa. O prefácio e o pósfacio não podem deixar de ser lidos, eles são fundamentais (digo isso porque eu sou campeã de pular os pré e pósfacios...)

Raphael explora de uma forma chocante, aterrorizante e animalesca o pior lado do ser humano. E podemos nos surpreender pensando que até podemos agir da mesma forma que alguns personagens deste livro, dependendo da situação ou humor em que nos encontramos.

Leitura mais que recomendada!!!!

Beijos e até a próxima!!!! 

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Deixe seu comentário se gostou da postagem. Se não gostou, também pode deixar...

Topo