#Resenha - A Casa dos Espíritos - Isabel Allende

TÍTULO ORIGINAL: La Casa de Los Espiritus
AUTORA: Isabel Allende
GÊNERO: Romance histórico
EDITORA: Bertrand Brasil
ANO DE LANÇAMENTO: 2017, mas a primeira foi lançada em 1982
NÚMERO DE PÁGINAS: 448

SINOPSEA casa dos espíritos é tanto uma emblemática saga familiar quanto um relato acerca de um período turbulento na história de um país latino-americano indefinido. Isabel Allende constrói um mundo conduzido pelos espíritos e o enche de habitantes expressivos e muito humanos, incluindo Esteban, o patriarca, um homem volátil e orgulhoso, cujo desejo por terra é lendário e que vive assombrado pela paixão tirânica que sente pela esposa que nunca pode ter por completo; Clara, a matriarca, evasiva e misteriosa, que prevê a tragédia familiar e molda o destino da casa e dos Trueba; Blanca, sua filha, de fala suave, mas rebelde, cujo amor chocante pelo filho do capataz de seu pai alimenta o eterno desprezo de Esteban, mesmo quando resulta na neta que ele tanto adora; e Alba, o fruto do amor proibido de Blanca, uma mulher ardente, obstinada e dotada de luminosa beleza. As paixões, lutas e segredos da família Trueba abrangem três gerações e um século de transformações violentas, que culminaram em uma crise que levam o patriarca e sua amada neta para lados opostos das barricadas. Em um pano de fundo de revolução e contrarrevolução, Isabel Allende traz à vida uma família cujos laços privados de amor e ódio são mais complexos e duradouros do que as lealdades políticas que os colocam uns contra os outros.




Os únicos livros da autora que li foram O Amante Japonês e O Jogo de Ripper, e amei os dois. A Casa dos Espíritos é tão majestoso quanto eles. Um romance histórico que se passa em um país não identificado da América Latina mas que se correlaciona com a história do Chile no século XX.

O romance gira em torno dos Trueba, que tem como patriarca Esteban, homem autoritário e de personalidade difícil, que despreza a igualdade social e odeia os socialistas. Mas as personagens principais são mulheres, Clara, sua esposa, Blanca sua filha e Alba, sua neta, que possuem, em medidas diferentes, dons clarividentes.

No início da trama acompanhamos os "Del Valle", a primeira geração, e conhecemos a infância de Clara, que conversava com espíritos, movia objetos sem tocá-los e tinha o dom de prever o futuro. Com o passar dos anos, ela se casa com Estaban Trueba, que era noivo de Rosa, sua irmã, que morre por envenenamento antes de se casarem. A segunda geração da família conta com Blanca e os gêmeos Jaime e Nicolás, e essa parte é focada em Blanca, que possui um relacionamento proibido como o filho do administrador das terras de Esteban, Pedro Terceiro Garcia. Com o passar dos anos, Blanca engravida e nasce Alba, fruto desse amor. Alba se torna uma mulher forte, desafiando líderes e autoridades de seu país, em plena ditadura militar e lógico que acaba se envolvendo em uma confusão política, desafiando seu próprio avô em certas ocasiões.






É um romance histórico maravilhosamente escrito. Esteban Trueba é um personagem que nos faz sentir um asco imenso porém, com o passar do tempo, me chamou a atenção sua evolução entre seus altos e baixos, e o imenso amor pela neta Alba, do qual dependia para sobreviver e que o fez passar por cima de alguns de seus princípios diante de certas ocasiões que não vou falar aqui para não dar spoiler.

Apesar de ser uma história que se passa entre as décadas de 10 e de 70, ela soa extremamente atual: mostra sobre o ódio, a esquerda, o medo comunista, a repulsa ao diferente e o desejo de retorno ao "valores tradicionais". Qualquer semelhança com nosso Brasil sil sil..........

É um livro que vale a pena ser lido. Mas não vá com a ânsia de que se trata de um livro sobre espíritos, senão vai ter aquele decepçãozinha que eu tive, mas que, ainda bem, não se sobrepôs a minha satisfação pós leitura.

Beijos e até a próxima!!!

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